Dentro
dos muitos clichés que temos por hábito usar na nossa forma de expressão
verbal, um se destaca actualmente:
“ é porque não tinha que ser”
Maioritariamente
utilizado pelos praticantes e estudiosos da New Age, é de tal forma útil
ao sempre atento ego, que já a ouvimos com frequência na boca de católicos,
agnósticos, ateus, e também naqueles que se declaram contrários a tudo, ainda
que nem saibam a quê.
Esta
fórmula “é porque não tinha que ser”, é uma derivação astuciosa do nosso ego e
que advêm de uma postura cada vez mais actuante, premente, que é, a Entrega.
Muitos
de nós, e cada vez mais, sentimos e experienciamos que o processo de fusão com
a nossa Faceta Divina, o Eu Superior, só pode complementar-se por uma Entrega:
-Entrega
da nossa firme intenção de galgar o véu da ilusão
-Entrega
da nossa disponibilidade para a assimilação
-Entrega
do egocentrismo para a transmutação
-Entrega,
ao Cumprimento da Missão
A
abertura deste canal de entrega, facilita o permear das nossas dimensões
inferiores e superiores, promovendo a maturidade e elevando o nível
vibracional.
Assim,
gera-se o alargamento da nossa visão cósmica e humanitária, que por sua vez,
traz consigo uma maior responsabilidade.
Muitos
de nós temos vindo a deturpar o conceito de Entrega, ao pensarmos que ele
significa o ser conduzidos, tal como antigamente na velha energia….E ao
colocarmo-nos nessa postura, perdemos “o foco” da nossa intenção de superação,
e de crescimento consciencial.
É
ténue e pouco perceptível a barreira que separa a nossa vontade egóica e a
postura de flexibilidade que deve estar sempre presente para a Entrega. Uma vez
mais me valho da expressão de Jesus: “Orai, mas principalmente Vigiai”.
Meus
amigos, o TRABALHO continua, e é hoje mais importante que nunca. As escolhas,
opções, caminhos, que das mais pequenas às maiores decisões tomamos, continuam
a ser o suprimento etérico da nossa ascensão.
A
dinâmica é simples:
-
Entregamos em consciência, recebemos mais e aprimoradas ferramentas – Mas, somos nós quem as tem que usar…
E
volto ao título deste texto “ é porque não tinha que ser”.
Na
sequência do anteriormente dito, este argumento assenta muito bem. Quando pela
nossa vontade ou distracção nos permitimos desviar das nossas intenções, dos
compromissos que tomamos connosco e até com outros, ilibamo-nos desta forma,
perante a nossa consciência.
Existe
no léxico da Conscienciologia uma expressão que encontro apropriada para
exemplificar esta opinião: “ Contra-fluxo" - Este é o oposto do fluxo, a posição
contrária (oposta) da consciência à evolução consciencial; condição
normalmente fomentada por mega assediadores. Mas também acredito, que
muitas das vezes em que somos vítimas de um contra-fluxo, este é produzido no
nosso próprio campo emocional, estimulado pelo nosso ego, e usado pela nossa
mente. Num caso ou outro impõe-se a tomada de consciência do que fazemos por
acção ou omissão e das respectivas consequências.
Meus
queridos, os desvios fazem parte do caminho de todos nós, devemos é estar atentos a que percentual destes desvios (acções, ou inacções), são geradas na nossa vontade superior, e ao que
é gerado pelas facetas acomodadas do nosso ego, ou desarmonias emocionais, ou influências deletérias. Só
no profundo conhecimento de nós próprios, no ver e aceitar todas as nossas
facetas, criamos o Fluxo forte e certeiro que nos conduz à elevação vibratória
da nossa “personna”.
Paz
e Luz
Maria
Adelina - Do Livro, Ponte de Palavras
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