quarta-feira, 1 de junho de 2016

Quando as terapias não curam




Quando as terapias não curam

Muitos buscam a terapia holística e espiritual só após já terem passado pela medicina e pela psicologia ocidental, sem obter os resultados esperados.
Essas pessoas têm uma tendência a criar uma expectativa ilusória que a terapia complementar e a espiritualidade apresentarão uma fórmula milagrosa para transformar suas vidas. Seja qual for a terapia que escolham, ficam logo decepcionadas com a falta de resultados e consideram como ineficiente os  recursos terapêuticos utilizados.
Pela minha experiência terapêutica, pude observar com clareza o processo que conduz a pessoa do estado de expectativa para estado de frustração.
A terapia transpessoal e holística actua nas dimensões mais subtis, como no corpo energético, por exemplo, que é a matriz do corpo físico.
Alterando a matriz energética tem-se a possibilidade de reestruturar o corpo físico. Isso, porém, não impede que a causa da enfermidade ou desequilíbrio continue a minar a pessoa, que após um período de "saúde", volta a adoecer.
A obtenção da cura definitiva não ocorre enquanto não se expurgar e enfrentar a verdadeira causa do desequilíbrio.
A causa de todo sofrimento, seja nos corpos físico, energético, emocional, mental ou espiritual, será tratada definitivamente somente com a participação da própria pessoa que está em desequilíbrio, como agente principal da cura.
Buscar passes magnéticos, aconselhamento espiritual e terapias alternativas sempre são importantes, mas de nada adiantarão os tratamentos se a pessoa estiver refractária a eles.
Não existe nenhuma fórmula mágica. O caminho da cura é a capacidade interior que todos trazemos de nos transformarmos.
Num aconselhamento espiritual, a maioria dos consulentes traz em seus questionamentos uma expectativa ilusória. Eles pretendem ouvir algo que lhes aprove as suas condutas.
Mas, quando se trata de um aconselhamento sério e imparcial, quase sempre, há uma enorme frustração por conta do consulente, que não previu uma resposta diferente daquilo que gostaria de ouvir.
Não temos o poder de mudar ou transformar ninguém sem que a pessoa seja retirada de sua zona de conforto. Seja qual for a terapia, ela só obterá sucesso definitivo com a participação integral daquele que a recebe.
Se fôssemos mais atentos à nossa vida diária, aos nossos pensamentos e atitudes, não haveria a necessidade de buscarmos terapias alternativas para nos auxiliar em nossos problemas.
Estar atento requer vontade própria e foco. Existem terapeutas e terapias maravilhosas, mas infelizmente, não conseguem penetrar as entranhas da pessoa pela força.
Tanto o terapeuta quanto o cliente têm que vivenciar o processo terapêutico conscientes da responsabilidade que cabe a cada um. O terapeuta é o ser que munido de uma lanterna, dá as mãos para o cliente e segue junto com ele o caminho do autoconhecimento e da transformação.
Existem dois tipos de terapias: aquela que apenas escuta, não interfere e passa a mão na cabeça do paciente e a outra que sacode o consulente, dá-lhe um forte abanão e pede para que ele acorde!
A doença e o sofrimento têm como objectivo alertar e fazer com que a pessoa saia desse estado de morbidez. Ou como diria Osho:
"Eu não estou aqui para preencher suas expectativas. Se eu preencher suas expectativas eu nunca serei capaz de transformá-lo. Eu estou aqui para lhe dar um choque. E nessas experiências chocantes sua mente vai parar. Você não será capaz de saber o que aconteceu, e esse é o ponto onde algo novo entra em você"



Nadya Prem

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