segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Os Lutos e a Saúde






A vivência das dez mil tristezas e das dez mil alegrias
 é uma qualidade libertadora que nos dá
um coração aberto, calmo e estável,
no meio das vicissitudes da vida.
TAO



Os Lutos e a Saúde

Lamentavelmente, “luto” é uma expressão em desuso, no entanto o luto é essencial ao reequilíbrio dos nossos níveis de aceitação por via da compreensão dos factos que nos enlutaram, sejam eles perdas físicas ou emocionais.

O luto (do latim luctu) é um conjunto de reacções a uma perda significativa, seja por morte de alguém, seja por uma perda afectiva, perda de emprego, doença grave, choques comportamentais, etc. . 

O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas e as mais sábias respeitam a vivência dos lutos. Já outras como a nossa, cujos valores actuais são a produtividade robótica e a alienação da sensibilidade humana, suprimiram o respeito e as condições para a exteriorização e a consequente transposição do estado de luto. E assim nasceu a florescente e destruidora cultura do bem-estar condensado em rótulos farmacêuticos.

Recorramos ao conhecimento ancestral que todos temos dentro de nós, ampliemos esse conhecimento fundamental com mais estudo, interiorização, auto estima, coragem e lucidez, e vivenciemos os nossos lutos (sem vitimização) mas como o bálsamo que cura cada aprendizado da vida.

Tenhamos a coragem de assumir os nossos lutos, pois só assim podem ser transcendidos e perdoados nas suas várias vertentes, para o nosso bem maior.


A.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Às belíssimas almas que iluminaram o meu dia



E em cada pedacinho de Céu a que dedicamos o nosso olhar, seja noite ou seja dia, vemos estrelinhas a brilhar onde prima a fraternidade, a gentil e amorosa disponibilidade…

Olhemos o Céu
A.



Um pedaço de Céu



Um pedaço de Céu

«Deve ser-se capaz de viver sem livros e sem nada. Existirá no entanto sempre um pedaço de céu para poder olhar, e espaço suficiente dentro de mim para juntar as mãos numa oração.»
Assim escrevia a 14 de Julho de 1942 Etty Hillesum, jovem judaica holandesa, um ano antes da sua eliminação ocorrida no campo de concentração nazi de Auschwitz, a 30 de Setembro de 1943.
Já por várias vezes citámos o seu “Diário 1941-43”, rico de páginas de luta e de amor, de mística e de silêncio. Talvez seja precisamente porque temos à nossa volta tantas coisas e tantas presenças, que perdemos aquele «pedaço de céu» necessário para «juntar as mãos numa oração».
Já não somos capazes de criar um espaço mínimo de quietude e de paz, semelhante a um oásis, para onde nos retirarmos a fim de encontrar a nossa alma e o nosso Deus.
A verdadeira experiência de fé não é, todavia, isolamento e reclusão do mundo. Encerro-me em mim mesmo e no meu quarto para depois sair dele e ser sinal para os outros no quotidiano das opções.
É ainda Etty (ou seja, Ester) a guiar-nos e a sugerir-nos uma oração que nos ajuda a viver a fragmentariedade e a exterioridade do dia, iluminando-a e valorizando-a. Escrevia ela naquele “Diário”:
«Ajoelho-me no áspero tapete de coco, com as mãos que cobrem o rosto, e rezo: Senhor, faz-me viver de um único grande sentimento. Faz que eu cumpra amorosamente as mil pequenas acções de cada dia, e em conjunto reconduza todas estas pequenas acções a um único centro, a um profundo sentimento de disponibilidade e de amor».
Esta é, precisamente, a «única coisa de que há necessidade», como dizia Jesus a Marta: encontrar, através da oração, o nó de amor que reúna todas as «pequenas acções».

P. (Card.) Gianfranco Ravasi
In Avvenire
Trad.: Rui Jorge Martins
Publicado em 24.10.2018




quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Testemunhos - Mia Amaral



Ainda Sobre a Demanda do passado sábado, quando o nosso coração se abre para a vibração suave do nosso espírito e da nossa consciência a vida se enche de Luz.
Um grande xi coração.

Mia Amaral

Testemunhos - Elisabete Tavares




…Já agora, não posso deixar de referir que o passado sábado foi algo especial! Desde de manhã que tudo parecia que me impediria de chegar a tempo e horas á Demanda, mas não sei como, o que estava  a complicar de repente descomplicava.
Mesmo a viagem, de minha casa até  ao local da Demanda, foi envolta num sentimento algo estranho! Enquanto conduzia, sentia um conforto... uma protecção... sem explicação, uma despreocupação...que há muito não sentia .
No horizonte,  avistava o céu repleto de nuvens negras com tons de vermelho por trás, com uma beleza, sem igual. Foi curta mas, uma linda viagem.
Viagem esta, que se prolongou dentro de uma  sala que se sentia o espírito do amor e da fraternidade.
Obrigada a todos por contribuírem para o meu despertar.

Elisabete Tavares

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Demanda minha




Com gratidão no olhar
Escrevi para desabafar...

Dormindo sobre as palavras
Acordo no desfolhar de um livro
Que partilho nas estantes da vida
Espalhadas pelas montanhas que admiro 

Saberei eu me entender 
Agora que me sinto crescer 
Não terei eu de adormecer
Para finalmente me conhecer

Cantando no interior 
Admiro o som e o sabor 
Da luz que traz a cor 
Do vento que leva a dor

O ruído me distância 
Do objectivo que desejaria 
O silêncio me sacia
Depois da noite volta o dia

Amar-se a si próprio 
É difícil para alguns seres
Procurar o amor no outro
É mais uma saída para te perderes 

Saberei eu quem sou
Terei eu o que almejo
Sinto estrelas tão perto
No olhar lhes confio meu desejo

A gratidão existe 
Até seria um belíssimo tema
Parece simples agradecer 
Para alguns até com um poema

A gratidão se transforma
Na paz que ela transmite 
Se evoluir é coisa de loucos
Esperamos que mais um grite 

O universo aguarda o meu despertar 
Para comigo sua tarefa iniciar
Logo pela manhã a sorrir ou cantar
Fica ansioso à espera do que lhe posso dar

Tem dias que a alegria é tanta
Que comigo quer brincar
Fala ao ouvido ou envia mensagens no olhar
Para no carrossel da vida me guiar. 

Guardo sempre tempo no meu tempo
Para na Demanda a tempo estar
Escuto sempre no ouvido
Que o tempo à espera não vai ficar

A Demanda é  uma escola eterna
Onde todos escutam o mesmo tema
Encontro de almas com coragem
A experienciar esta vida moderna

Nas sombras da sala
Comprimento os que vêm visitar
Basta um sorriso tranquilo
Com gratidão no olhar

Todos frequentam o mesmo lugar
Várias experiências a vivenciar
Ouvimos histórias de encantar 
Acredita o teu dia vai chegar 

Ajudo como sei
Ou como me deixam ajudar
Sou diferente de quando entrei
Sou eu naturalmente a mudar

Tanto para acreditar
Tanto para estudar
Tanto para aprender
Tanto para escutar
Tanto para entender
Tanto para viver
Tanto para agradecer 
Tanto para sentir
Tanto para evoluir 
Tanto para renascer...

Gratidão Demanda, 
Por me incentivares a crescer 
No meu tempo de renascer 
Sem pressa de acontecer 

Fernando Teixeira








domingo, 21 de outubro de 2018

Deste, e do outro lado do Véu...



“LEI  DA CORRESPONDÊNCIA”:
O que está em cima é como o que está em baixo, e o que está em baixo
é como o que está em cima

Mais uma Demanda vivida.
E nela não participam só os amigos que se encontram em abraços de saudade.
Há também os outros, os que estão do outro lado do véu, que se reúnem para nos acompanhar. Chegam muito antes de nós, para que a sala esteja na vibração perfeita para os afectos e trabalho daqueles que em família se juntam, numa verdadeira Demanda de cada um e de todos.
E lá em cima é como cá em baixo. Eles chegam, trabalham a energia da sala e acomodam-se, também eles envolvidos na saudade e na expectativa de mais uma tarde de trabalho, na comunhão de um compromisso afirmado todos os meses e renovado com expectativa. Com eles vêm outros amigos, estes também na sua Demanda do outro lado do véu, acompanhados pelos seus guias, que os trazem para ouvir falar sobre um tema que lhes será útil e precisam aprimorar.
A plateia reúne-se, numa espécie de anfiteatro que envolve quem está em baixo: “Olha ela veio! E ele também! Estão cá quase todos! Vão começar. Estejam atentos e disfrutem” dizem aqueles que se colocam à frente, não só pelo aprimoramento de alma já alcançado, mas também pela vibração energética mais forte que emanam e que nos envolve a todos num laço de luz, para os acompanhantes em aprendizagem mais na retaguarda.
A energia que nos envolve do outro lado do véu é elevada e envolvente. E nós começamos a nossa partilha e discussão do tema. Imaginem que fazem uma grande viagem, que fazem uma escolha em detrimento de outras possibilidades, para ouvirem alguém sobre determinado assunto. Imaginem que até levam a companhia de algum amigo, que esperam que seja tocado na alma, pelo assunto que será apresentado nessa reunião. Esta elevada percepção fez-me reflectir quantas vezes ao longo destes cinco anos nos distanciamos da expectativa desses irmãos maiores, refugiando-nos nos argumentos costumeiros, especialmente “na falta de tempo” para estudo e ou pesquisa interior. Honremos a sua presença e a dos irmãos que também, como nós, estão em Demanda de si do outro lado do véu. Tenhamos consciência das dádivas que vêm receber nas nossas palavras, nas nossas partilhas, inspiradas no saber único e magnífico que existe em cada um de nós.
Porque como é em baixo, assim é em cima. Haverá temas que não nos conquistam. Haverá alturas em que o tempo não nos chega. Haverá alturas em que gostaremos do tema e teremos tempo, mas os desafios da vida tiram-nos o ânimo. Não há mal nisso. Os nossos amigos sabem como é difícil a aventura que vivemos cá em baixo. Basta dizer algo que reflicta a nossa gratidão e respeito por simplesmente estarmos presentes e sermos admitidos numa família de alma como esta, com laços que se estendem ao invisível: “Eu hoje venho só para ouvir. Estou aqui para abrir os meus horizontes sobre o tema, para encontrar a forma de o abordar mais tarde …..”. Tenhamos consciência da Egrégora que nos envolve e afirmemos na vibração de cada palavra, em cada postura, o nosso respeito e agradecimento pela sua presença.

Marta Sobral






Mia, obrigada por nos lembrar que a gratidão deve ser um hino a cada amanhecer

A Luz de Teus Olhos


quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Chamas de Outono



Chamas de Outono

O Outono é uma espécie de sinónimo abrangente
- Reencontro e súmula das experiências da alquimia da vida
- É tempo de colheitas, as da terra, e as que semeamos no coração
- Recolhimento criativo que germina no colo dos que aprenderam a dar as mãos
- Capacidade de perdão
- É no Outono que a semente renasce, no Inverno fortalece, e na Primavera floresce
- É o calor interior que expande na lareira onde as chamas reacendem em fogo ígneo, sagrado, da união pelo bem maior.

A.




terça-feira, 16 de outubro de 2018

Namastê



Adentramos uma nova estação num já adiantado ciclo anual
Em plena gratidão pelas mãos e corações em união
Continuamos, passo a passo, a demanda do conhecimento
No caminho do aperfeiçoar o mais e melhor, de todos e cada um

Namastê



segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Conclusões




Tantas conclusões para tirar se atento te detiveres. 
Quantos saltos e gritos, para provar a ti mesmo a força da tua vida. 
Fazer parte de qualquer esperança, tanto privilégio. 
Quantas pessoas ainda dormem no leito materno? E quantos de nós já começam sem medo a pensar na vida. Tanta agitação. 
Este é o mar da vida, que corrente trás, que náufragos leva? Bem certo é o papel de cada um, neste Oceano. 
Cada um a seu tempo e com o seu indispensável valor. Se estamos todos juntos, é porque nos merecemos. Se sentimos uns mais do que outros, é para que haja equilíbrio. É por este equilíbrio que existem os extremos. A noite e o dia. O forte e o fraco. O objectivo e o subjectivo. O homem e a mulher. O sábio e o estúpido. 
E quase certo é, que a virtude se encontra no meio-termo. Todo extremo tem seu forte preço. 
Todo guerreiro deve por consequência ser cauteloso nas suas progressões. Avançar com esforçada paciência, como quem caminha em trilho conhecido, como se o trilha-se pela primeira vez.

Autor: Pensamentos

22 Junho 1993




sexta-feira, 12 de outubro de 2018

Pontes e mais Pontes - Elisabete Pinho


Foi um enorme prazer ler este maravilhoso texto (última postagem).

Há uma enorme falta de Pontes: pontes interiores (entenda-se dentro de nós próprios), pontes entre nós e os outros, pontes entre nós e o Universo. 
Pontes verdadeiras e audíveis, pois anda tudo surdo neste ensurdecer de movimentos que se arrastam e que nos levam a parte incerta - a nenhures.
Pontes finas que não conseguimos fortalecer tão forte é a Matrix dominante. 
Pontes que se revelam infrutíferas no desalento e na grandiosa vontade de tudo ter e de nada ser. 
Pontes que se afogam no decorrer de um tempo intemporal onde o tempo de ajuda ao próximo se esgota na voracidade de compromissos inadiáveis.
Somos todos tão inocentes e inconsequentes ao ponto de não percebemos que as Pontes que aqui construirmos serão as mesmas que nos transportarão para o Outro Lado. 
Pontes verdadeiras e afirmativas de nós enquanto seres UNO.

Um grande abraço te envio através da Ponte que nos liga e UNE.


Elisabete Pinho



Pontes para Deus


Pontes para Deus

Busca incessante e contínua, busca inconsciente da génese, comum a todos os Seres.
Como pássaros errantes vamos procurando o que não se encontra em lado nenhum além de nós, e dos nossos “milagres”. Então, munidos de querer, vamos desenhar o mapa de um novo amanhecer.
Como num mar sem horizonte, quantos se perdem na busca inglória de arranjarem tempo ou condições para encontrar Deus, sem perceberem, que são alimento, exemplo, força, trilho seguro, onde outros barquinhos aprendem a navegar.
A preocupação maior deveria ser, o que fazemos com a essência de Deus em nós? Quanto de honra e louvor a Deus tem cada um dos nossos actos endossados aos outros? Quanto de gratidão viva, palpitante, sentimos pelo que de outros recebemos, porque tudo são “milagres”, degraus de ascensão.
Deus esmorece no discurso ressequido há séculos nas páginas de um livro, porque Ele está vivo! Vive em cada filamento de luz que acendemos ou apagamos no dia-a-dia, na virtude ou no mal que cabe em cada acção por nós emitida.
Percebamos, em confiança plena, que estamos no lugar, na hora, e com as ferramentas certas, para a concretização de mais um etapa da corrida de estafetas, onde  a amorosa passagem do testemunho, o respeitar, estar, Ser, é espelho reflector dessa luz interior que nada pode conspurcar… Criemos pontes para Deus, porque aqui só para nós, enquanto nos cansamos e extraviamos buscando Deus fora de nós, é Ele, que amorosa e pacientemente aguarda que abramos a porta do coração onde possa, de novo, erguer o Seu bastião, fundar o Seu reino, do qual, nunca abriu mão…Criemos pontes, por onde Ele, através de nós, possa passar.


Maria Adelina


Descanse em Paz, Montserrat Caballé -



Partiu a grande Dama do canto Montserrat Caballé
Descanse em Paz "Mont"

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

UMA NOVA BANDEIRA REQUER NOVOS SERES!


FUTURO!

UMA NOVA BANDEIRA REQUER NOVOS SERES!
Mestre Morya - Folhas do Jardim de Morya

___ No exército da Luz não há lugar à falsidade, falta de Amor, hipocrisia, pensamentos em interesses terrenos, a lobos vestidos de cordeiro, a sepulcros caiados de branco, como o Cristo chamou, a doutores da lei, a seres que têm no pensamento a Luz, mas no coração as Trevas e que fingem trabalhar pela Humanidade, à traição, aqueles para quem a espiritualidade é um negócio e que, propositadamente, orientam mal as Almas dos seus irmãos.
Não! Não há!
E, nenhum de nós se pode julgar a salvo do que acima está escrito!
A Luz não é para seres fracos, cheios de piedade para consigo mesmos e de severidade para com os seus irmãos!
Não é para aqueles que só pensam em apontar os defeitos do próximo..
É para os que vêm os seus e os tentam emendar!
Para aqueles que têm a coragem de se enfrentar a si mesmos,de conhecer o seu verdadeiro ser, que se elevam e dão a vida nessa demanda.
O que está escrito não se destina a ninguém em particular.
Que o seu coração o julgue e que o mesmo veja onde pertence. 
O ser humano não precisa de coragem para enfrentar as Trevas...
Precisa de coragem para das mesmas sair e entrar na Luz!
Já sabes a qual exército pertences?
Conheces as tuas armas? Usas as mesmas com o teu coração? Examina bem...
Não! Isto não é severidade gratuita. Não é crítica barata e fácil.
Não é nenhuma imposição!
São as Leis do Universo que assim o exigem!
Não se caminha no fio da navalha, que é o verdadeiro caminho da espiritualidade na vida, de forma sonolenta, ou mole, sem vontade ou aspiração, sem devoção ou entrega!
Nunca foi, é ou será assim!
Novos seres, novos corações!
A mesma vontade, humildade, amor e compaixão de sempre!

Queres pertencer a esta nova bandeira?

Força!
Presta o juramento no teu coração!
Pelo Amor!
Pela Luz!


Carlos Paula

Foto:  Bandeira da Paz, de Nicholas Roerich.





domingo, 7 de outubro de 2018

Montanha Azul




"Subi à montanha / Falei com Jesus
E tive na mão / Um raio de luz
E lá na montanha / Fui beijar a cruz
E numa oração / Falei com Jesus"


segunda-feira, 1 de outubro de 2018

TU ÉS TUDO AQUILO QUE FORES



Assim como nas vias físicas, o cuidado, o prazer, a preocupação, o receio que sentimos por aqueles que estimamos muito, afecta a nossa vida e a de a quem apontamos o sentir, condiciona e interfere com uma intensidade ainda maior, ao nível do invisível.
Neste processo, tem o que pensas e o que fazes, em grande parte pela enorme quantidade de atenção necessária em graus de consciência desiguais e até desequilibrados.
Tu consegues muitas, algumas ou apenas uma vez que seja, compreender testemunhando esse processo natural. De sentir em ti mais que uma dinâmica de consciência acontecendo simultaneamente, muitas vezes do tipo seres o que és e ser auto-confrontado simultaneamente com o que gostarias ou acharias que deverias ser.
Dois caminhos distintos a partir da mesma origem, desiguais, intemperados e não poucas vezes divergentes, cheios de regras, distintas moralidades e esforços intrínsecos.
Tem a certeza porém que o que acontece no campo das tuas percepções ditas grosseiras, acontece pela mesma natureza no campo ainda mais vasto e desconhecido da tua própria linguagem desconhecida ou seja invisível.
Como um invisual sentes e levas com ela, quer queiras quer não queiras e é assim que lhe testemunhas a acção.
Feliz nascimento esse de reconhecer a acção inequívoca daquilo que tu próprio geras ainda que lhe não reconheças o rosto.
Mas é assim mesmo, os cuidados que não reconheces mas expressas de alguma forma, eles criam uma vontade própria gerada no seio de ti mesmo e afectam a todos os que te rodeiam e em última instância, aqueles a quem são dirigidos.
Assim todas as tuas queixas tem origem em processos que te são legítimos e muito possivelmente tu alimentas. 
Assim nada mudará de fora para dentro porque não tem lá a sua origem. 
Assim, não adianta lamentares todas as desgraças que afinal são apenas lembrete à tua capacidade de criar, mal dirigida.
Tudo afinal acontece por sermos literalmente uns Deuses, cismados em negar o imenso poder que detém nossa própria vontade, auto-limitados pelo aspecto visível das emoções fortes, trágicas ou exageradas, renegando a nossa génese Divina a favor duma amálgama de turvas intenções que de forma organizada procuram arrecadar todos e cada um para o redil dos capturados.
Acordar para as capacidade que em ti residem, que sabes em ti se inquietam, calar o dialecto da banalidade que te assalta todos os dias, é reconhecer uma ajuda importante e Altíssima que tem a sua origem em ti mesmo e é capaz de mover montanhas… invisíveis é claro.
O teu futuro é construído agora.
A vida daqueles que para ti são mais influentes bebe desse destino que lhes dás, assim como tu desse néctar és alimentado.
Atenção portanto no teu processo de criar arte em ti.
Deixa as formas externas que sem tua participação nada valem.
Do externo que não passe pelo crivo da tua consciência nada vale, são apenas figuras de estilo coordenadas a alimentarem estilos de vida morta, de esterilidade que nada vai doar de si mesma a ninguém porque não possui em si mesmo o Dom de doar a vida que não possui, que apenas aparentemente a toma pela sua forma externa.
À que acordar interiormente os níveis de percepção superiores, necessários a promover as nossas vidas e a dos demais. Tudo em nome de um destino que já nos está reservado pelos direitos que nos foram concedidos. 

“Quem tem ouvidos para ouvir que ouça”,
como disse um Homem de Sonho.

Autoria: http://arrepiodaalma.blogspot.com/