segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

As "portas" entre o Céu e a Terra

Uma das últimas partilhas do Blog “Caminho do Coração, a propósito de um exercício de Reiki, lembrou-me a dança sagrada Turca dos Dervixes.

Nesse exercício é sugerido ao Reikiano que comece por erguer as palmas da mão para cima, para receber a energia que vem do alto, do Universo.
Depois sugere-se o contrário, que dirija as mãos para baixo em direcção ao coração da mãe Terra.
O Reikiano surge assim no seu papel de receptor e emissor da energia do Universo e da Mãe Terra.
Este exercício lembrou-me de imediato a imagem da dança tradicional dos Dervixes na Turquia e o seu significado. A dança é feita com o homem a rodopiar da direita para a esquerda, com a palma da mão direita virada para cima e a da mão esquerda virada para o chão: recebendo com aquela a energia do alto, que depois espalha pela Terra.
Durante esse cerimônia religiosa solene, acredita-se que o poder dos Céus entra pela palma direita levantada e passa por todo o corpo, saindo pela palma esquerda abaixada para então penetrar na terra”. Tal como o Reikiano, o Dervixe (que significa “porta”) não retém o poder, nem o dirige. Aceita ser o verdadeiro instrumento de Deus e, por isso, não questiona o poder que entra e sai dele. É como se alguém tivesse inventado há muitos séculos o Reiki a dançar e lhe tivesse dado outro nome.
As semelhanças que encontramos em rituais próprios de culturas tão diferentes, com concepções religiosas e espirituais também distintas, faz-me pensar que de facto há uma célula comum a todos os Homens, onde encontramos os vestígios da nossa essência trazida das estrelas, à qual apelamos para que nos ajude e abençoe o caminho na Terra e na matéria. É algo tão verdadeiro, que é inato, ultrapassando barreiras culturais, religiosas, de raça. É algo que nos mantém ancorados, mesmo inconscientemente, quando encontramos uma paz inexplicável em rituais que nos (re)lembram dessa origem. O segredo está em manter essa ligação em todos os aspectos da vida e não só em momentos e por rituais específicos.  
Xi grande.
Marta Sobral






...

Sem comentários: