“LEI DA CORRESPONDÊNCIA”:
O que está em cima é como o que
está em baixo, e o que está em baixo
é como o que está em cima
Mais uma
Demanda vivida.
E nela não
participam só os amigos que se encontram em abraços de saudade.
Há também os
outros, os que estão do outro lado do véu, que se reúnem para nos acompanhar.
Chegam muito antes de nós, para que a sala esteja na vibração perfeita para os
afectos e trabalho daqueles que em família se juntam, numa verdadeira Demanda
de cada um e de todos.
E lá em cima
é como cá em baixo. Eles chegam, trabalham a energia da sala e acomodam-se,
também eles envolvidos na saudade e na expectativa de mais uma tarde de
trabalho, na comunhão de um compromisso afirmado todos os meses e renovado com
expectativa. Com eles vêm outros amigos, estes também na sua Demanda do
outro lado do véu, acompanhados pelos seus guias, que os trazem para ouvir
falar sobre um tema que lhes será útil e precisam aprimorar.
A plateia
reúne-se, numa espécie de anfiteatro que envolve quem está em baixo: “Olha ela veio! E ele também! Estão cá quase
todos! Vão começar. Estejam atentos e disfrutem” dizem aqueles que se
colocam à frente, não só pelo aprimoramento de alma já alcançado, mas também
pela vibração energética mais forte que emanam e que nos envolve a todos num
laço de luz, para os acompanhantes em aprendizagem mais na retaguarda.
A energia
que nos envolve do outro lado do véu é elevada e envolvente. E nós começamos a
nossa partilha e discussão do tema. Imaginem que fazem uma grande viagem, que
fazem uma escolha em detrimento de outras possibilidades, para ouvirem alguém
sobre determinado assunto. Imaginem que até levam a companhia de algum amigo, que
esperam que seja tocado na alma, pelo assunto que será apresentado nessa
reunião. Esta elevada percepção fez-me reflectir quantas vezes ao longo destes
cinco anos nos distanciamos da expectativa desses irmãos maiores,
refugiando-nos nos argumentos costumeiros, especialmente “na falta de tempo”
para estudo e ou pesquisa interior. Honremos a sua presença e a dos irmãos
que também, como nós, estão em Demanda de si do outro lado do véu. Tenhamos
consciência das dádivas que vêm receber nas nossas palavras, nas nossas
partilhas, inspiradas no saber único e magnífico que existe em cada um de nós.
Porque como é em baixo, assim é
em cima. Haverá
temas que não nos conquistam. Haverá alturas em que o tempo não nos chega.
Haverá alturas em que gostaremos do tema e teremos tempo, mas os desafios da
vida tiram-nos o ânimo. Não há mal nisso. Os nossos amigos sabem como é difícil
a aventura que vivemos cá em baixo. Basta dizer algo que reflicta a nossa
gratidão e respeito por simplesmente estarmos presentes e sermos admitidos numa
família de alma como esta, com laços que se estendem ao invisível: “Eu hoje venho só para ouvir. Estou aqui
para abrir os meus horizontes sobre o tema, para encontrar a forma de o abordar
mais tarde …..”. Tenhamos consciência da Egrégora que nos envolve e
afirmemos na vibração de cada palavra, em cada postura, o nosso respeito e
agradecimento pela sua presença.
Marta Sobral
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