A pequena árvore
Ali a dois passos, para além da cerca do vizinho,
observei a pequena árvore.
Sacudida? Não!...Ela dançava com o vento.
Em cada fustigar, ela encontra novo enquadramento
para o seu próprio olhar.
Com cada ritmo do ar, balançar, puxar ou abanar,
ela flui, singela, serena, segura, numa contradança de beleza sem par.
- De repente veio a chuva, forte, fria,
farta. E as folhas pequeninas ganham novo poder.
Em corrente magnética tocam-se em defesa,
formando uma invisível rede de protecção.
A chuva cai em cascata. Reflui
para além do seio da pequena árvore, pois esta, expressou o seu querer.
- Ah!! E agora veio o Sol, sorriso de menino
acabado de acordar, e a arvorezinha pula feliz, claro que, só ao meu olhar.
De novo os bracinhos se movem, as folhas se
agitam, mas agora, abrem-se de par em par, soltando alegria no ar.
Recebem os raios dourados, fonte de vida e calor,
numa entrega e fusão, plena de amor.
- Neste seu rodopiar, sente-se observada,
faz uma vénia na minha direcção, lufada de energia invade o meu coração.
Por ela, sinto a força das raízes na terra, a
emoção serena da água, o som das esferas celestes, o fogo do Logos Solar
Pisca-me o olho e convida em tom vocal:
“dança comigo….lembra, que
Somos Um Todo e
estamos sempre em
comunhão….”
A.
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