quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Síndrome da Conversão - Para esta e tantas outras situações, ABENÇOADO REIKI



Síndrome da conversão: quando a dor emocional se transforma em dor física.
Para algumas pessoas ainda é difícil entender como questões psicológicas podem interferir realmente na saúde de um indivíduo, e essa falta de noção é mais perigosa do que imaginamos, afinal é por causa dela que deixamos passar algumas questões que, se trabalhadas, poderiam garantir uma vida de melhor qualidade.
A síndrome da conversão, por exemplo, é capaz de levar o paciente para o centro de emergências de um hospital. Pessoas vítimas dessa síndrome acabam apresentando sintomas típicos de pacientes com problemas neurológicos, psiquiátricos e cardíacos.
Crises epilépticas; dificuldades respiratórias; incapacidade de andar e falar; bloqueios de visão, audição e fala. Em um primeiro momento o médico pode acreditar que esses sintomas representam um acidente vascular cerebral (AVC) ou, ainda, que o paciente ingeriu drogas, machucou a cabeça de alguma forma ou é epiléptico.
Após solicitar uma série de exames neurológicos, o médico vai perceber que não houve um episódio de AVC ou epilepsia. Além disso, o paciente não se acidentou nem ingeriu drogas. É comum, nesses casos, que o quadro seja diagnosticado como uma crise histérica nervosa.
Os mecanismos que nos fazem literalmente converter dor emocional em dor física ainda não são totalmente esclarecidos pela ciência, até mesmo porque os meios de acção do cérebro humano são extremamente complexos e não totalmente desvendados ainda.
O facto é que o termo “histeria” deixou de ser utilizado há pouco tempo, na era da psicoterapia moderna, e a palavra “conversão” passou a ser adoptada para definir esses casos.
Conversão
A palavra “conversão” cumpre exactamente o seu papel ao deixar claro que se trata realmente da transformação, da conversão de uma dor psicológica em dor física. A coisa é tão séria e tão comum que as estimativas são de que pelo menos 25% da população mundial experimentou ou vai experimentar os sintomas dessa síndrome.
É preciso deixar claro que essa transferência do campo emocional para o físico não acontece por vontade do paciente nem pode ser induzida. Esse processo, na verdade, acontece de maneira inconsciente, ainda que os sintomas físicos sejam facilmente delineados. Converter emoções não-verbais e às vezes até inconscientes em dor física é uma forma bizarra de mente e corpo se conectarem.
Em alguns casos, a síndrome requer até fisioterapia, quando os danos físicos são mais intensos e afectam habilidades motoras. Como a síndrome ainda é pouco conhecida, há material insuficiente sobre a mesma. No entanto, há um factor externo que pode facilitar o aparecimento da síndrome. Em países onde a cultura reprime manifestações emocionais de tristeza, sexualidade e até mesmo alegria, as pessoas são mais susceptíveis a apresentar esses sintomas.
De qualquer forma, a síndrome da conversão precisa ser encarada como uma dor crónica, e com empatia como qualquer doença ou trauma – A conversão pode estar ligada a diversos traumas emocionais ou experiências de stress extremo. Transformar essa dor psicológica em uma dor física é um mecanismo do próprio corpo humano, que talvez divida o peso de um trauma com o resto no corpo para não sobrecarregar o lado emocional.

Fonte: All That is Interesting/Abby Norman

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Demanda do EU de Março



Caríssimos Colegas

No após, e ainda na vibração da Demanda do EU que decorreu  no passado sábado é já hora de pensar e mergulhar na nossa sabedoria ancestral para que, com a prestação de todos, abordarmos um tema tão fundamental para a humanidade como é:


"O Poder Maior, a Sexualidade Consciente"


A próxima Demanda está agendada para o dia 17 de Março. 
A todos solicito a melhor disponibilidade e entrega ao tema para elevarmos mais esta Demanda do EU ao patamar que nos é pedido.

Abraço Pleno


segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Percepção - Zé Manel


É por isso que entendi que a Demanda não é só aquele momento de partilha, de aprendizagem e de conhecimento, é algo muito mais profundo e que nos vai marcando…

Zé Manel

sábado, 24 de fevereiro de 2018

Dia inesquecível - A mais preciosa combinação de trabalho e amizade - Gratidão a todos


Aos Amigos e à Amizade

Procurei eternizar a beleza do correr deste dia. 
Sintonizar a minha alma com a da natureza, na luta serena em que o céu se debate, o vento que paira, e que o bem-querer desvanece…
Abri o meu ser a cada coração que aqui poisa o seu olhar, e deixei correr, torrente de lava dourada na cor, com sabor a amor, para completar o retracto falado do quadro inacabado deste dia abençoado.
E os sorrisos que de certeza emitis, pontilham de luz o firmamento, quais estrelas bordadas no manto celeste, em vibração, cujo som ecoa... amor…. união …. dádiva….




E pelo maravilhoso bolo, gratidão à "artista" :-)


Maria Adelina

Mimos e mais Mimos - Grata F. T.

Cor e movimento embelezam (ainda mais) esta sublime e imortal canção...obrigada...

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Variações de Energia - Virgínia da Luz


…Sinto uma grande necessidade de partilhar consigo as percepções dos últimos dias.
A semana que passou foi muito forte a nível energético. Muito densa, que me deixou até posso classificar como depressiva. Questionei muitas coisas até mesmo a minha razão de viver, o que me move, quem sou, qual o caminho etc….e inúmeras questões me surgiram.
A nível da cidade (as pessoas que nela habitam) também as senti em questionamentos, dúvidas, e uma tristeza profunda nas pessoas com as quais me cruzava. Mas algo mudou a nível energético a partir do passado sábado, quando acordei senti uma energia tão pura, tão subtil, posso mesmo dizer Crística
A cidade está mais serena, sinto que as pessoas estão mais calmas que esta energia sublime as está a mexer e a mim também. Sinto uma harmonia que há muito não sentia em ambientes citadinos. Tenho até a sensação que as pessoas estão menos densas.
O que desejo é que seja o início para algo mais elevado para muitos seres que se encontram em crescimento, que somos todos nós. Que nos banhemos nesta energia purificada e que ela perdure.


Virgínia  da Luz

Precioso -

El Cóndor Pasa 

É uma obra teatral musical. A música foi composta em 1913 pelo compositor peruano Daniel Alomia Robles e a letra por Julio de La Paz
- Letra/Mensagem, maravilhosa
- Pela voz masculina mais linda do mundo (e homem mais lindo do mundo J

Desfrutem…

Quando perfumamos alguém, o melhor do perfume fica nas nossas mãos...



Caríssimas/os Colegas

Após dois meses do trabalho prático do Projecto Árvore, cabe-me expressar com alegria e profunda gratidão aos colegas orientadores desta dádiva, onde os ramos se fortalecem e criam raízes pela seiva que produzem, pelos frutos a que vão dando forma.

Muito grata a todos Vós!



Deus responde sempre...ora vejam lá...


Numa viagem para a sua terra natal, um homem de muita fé e oração, conduzia o seu carro quando foi surpreendido por uma enchente. A barragem de uma grande represa tinha rompido e o local estava todo alagado. A situação era séria, e ele conduziu o carro para um lugar alto.
A água continuou subindo, e o lugar onde ele estava abrigado, não seria seguro por muito mais tempo. Então apareceu um camião e o rapaz que o conduzia, alertou-o para o perigo de estar ali, oferecendo-se para tirá-lo do local.
Para sua surpresa, o homem respondeu-lhe: “Muito obrigado, mas eu tenho fé e o meu Deus vai me salvar, não se preocupe comigo”.
Passado algum tempo, já com o local totalmente alagado, passou uma lancha que acenava para que ele saísse do carro, para salvar-se. Outra vez, ele disse não necessitar de ajuda, pois era um homem de muita fé, e Deus não iria desampará-lo.
A água subiu tão rapidamente, que ele teve que se refugiar no tecto do carro, que já começava a ser levado pela correnteza. Um helicóptero de resgate sobrevoando o lugar, atirou uma bóia amarrada a uma corda, mas ele gritou bem alto: “Eu não preciso, eu tenho fé, Deus vai salvar-me”!
Em pouco tempo, a enxurrada levou o carro, e o homem de tanta fé morreu afogado. Já no céu, muito triste ele pergunta a Deus porque não foi salvo.
“Senhor eu tinha tanta fé, por que me deixou morrer afogado?” .“Meu filho, eu não queria que você morresse afogado. Tanto, que tentei salvá-lo três vezes”. – Respondeu Deus.
“Três vezes Senhor, como?” – e Deus responde de novo: “Eu enviei o rapaz do camião para alertá-lo, mas você não o ouviu. Depois mandei uma lancha, e você não aceitou ajuda. Por fim mandei um helicóptero de resgate, mas você também recusou a ajuda”.
Quantos de nós estamos surdos e cegos para os sinais de Deus, e não somos capazes de reconhecer quando Deus age através de um irmão!


Apenas um conto

Curto e certeiro...



Além da mensagem directa, esta é uma forma de desmistificar a tão incompreendida Lei da Atracção.





“Imaginai alguém que nunca trabalhou grande coisa para ganhar dinheiro; um dia, essa pessoa tem necessidade de uma quantia elevada porque, por exemplo, quer construir uma casa.
Se se apresentar ao balcão de um banco para solicitar que lhe emprestem essa quantia, convencida de que o banco, como tem lá muito dinheiro depositado, corresponderá imediatamente ao seu pedido, podemos imaginar a resposta que ela receberá.
Toda a gente sabe que, no plano físico, esta atitude estará votada ao insucesso; mas muitas pessoas crêem que, no plano espiritual, isso é possível: apresentam-se nos bancos celestes reclamando coisas, exigindo milagres, esperando que os Anjos e os Arcanjos desçam para virem em seu auxílio...
Mas o que é que essas pessoas fizeram para isso?
Será suficiente que, num momento de dificuldade, tenham recitado algumas orações, para que agora o Céu se abra e o Sol e toda a Natureza modifiquem o seu curso?...
Se elas não trabalharam antes para estarem em condições de receber essa ajuda do Céu, ficarão de mãos a abanar.”

MESTRE  OMRAAM  MIKHAËL  AÏVANHOV


segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Sede




“Há muita sede no coração humano. O coração, podemos dizer, é um interminável reservatório de sede. Sede de amor. Sede de verdade. Sede de reconhecimento. Sede de razões de viver. Sede de um refúgio. Sede de novas palavras e de novas formas. Sede de justiça. Sede de humanidade autêntica. Sede de infinito. E Jesus identificou-se com os sedentos. Uma das suas últimas palavras na cruz foi «tenho sede» (João 19, 28). A sede torna-se assim uma interpretação necessária não só para chegar ao coração humano, mas também para compreender o mistério de Deus.”


P. José Tolentino de Mendonça

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2018

A pequena árvore


A pequena árvore

Ali a dois passos, para além da cerca do vizinho, observei a pequena árvore.
Sacudida? Não!...Ela dançava com o vento.
Em cada fustigar, ela encontra novo enquadramento para o seu próprio olhar.
Com cada ritmo do ar, balançar, puxar ou abanar, ela flui, singela, serena, segura, numa contradança de beleza sem par.
 - De repente veio a chuva, forte, fria, farta. E as folhas pequeninas ganham novo poder.
Em corrente magnética tocam-se em defesa, formando uma invisível rede de protecção.
A chuva cai em cascata. Reflui para além do seio da pequena árvore, pois esta, expressou o seu querer.
 - Ah!! E agora veio o Sol, sorriso de menino acabado de acordar, e a arvorezinha pula feliz, claro que, só ao meu olhar.
De novo os bracinhos se movem, as folhas se agitam, mas agora, abrem-se de par em par, soltando alegria no ar.
Recebem os raios dourados, fonte de vida e calor, numa entrega e fusão, plena de amor.
 - Neste seu rodopiar, sente-se observada, faz uma vénia na minha direcção, lufada de energia invade o meu coração.
Por ela, sinto a força das raízes na terra, a emoção serena da água, o som das esferas celestes, o fogo do Logos Solar
Pisca-me o olho e convida em tom vocal:

“dança comigo….lembra, que Somos Um Todo e
estamos sempre em comunhão….”
 
 
A.

  

terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

CAMINHO - Alexandra Solnado



CAMINHO

As pessoas têm tendência para, quando fazem perguntas ao céu, percepcionar as respostas como se fosse sempre correr tudo bem.
Não estão preparadas para as perdas. Não estão preparadas para os enganos. Não estão preparadas para a realidade.
Consideram que, só porque o Eu Superior ou os sinais mostraram que o caminho é por ali, nunca mais haverá percalços, nunca mais haverá encruzilhadas.
Nada mais falso.
Quando o céu mostra uma via, ela pode ser a melhor via, pode ter a ver com a tua energia original, pode ser o caminho da evolução.
Pode ser isso tudo.
Mas se tiveres de vivenciar algo, e não estiveres disponível para essa vivência, as perdas estarão nesse caminho de luz.
O nosso caminho é apenas um caminho. É o mais correcto, é o original, é a via exacta.
Mas não deixa de ser um caminho.
E como tal tem curvas, tem obstáculos, tem pedras.
Não te esqueças: tudo na matéria é dual. O bom e o mau, na mesma proporção.
Mas esse caminho terá uma vantagem que mais nenhum caminho terá.
Ele é teu.
E tudo o que a tua alma vivenciar nesse percurso, tudo o que tiveres que passar, desde que não o abandones (o caminho), tudo isso será de maior valia para a tua evolução.
Essa é a vantagem. Eu nunca disse que viver era fácil.
Mas num caminho contrário à evolução, num caminho que não tem a tua energia, tudo fica ainda mais difícil.
Por isso, escolhe a tua via, a tua, a que tem a tua cor e a tua textura. E segue caminhando. Não te esqueças de sentir, nunca. Deixar de sentir retira-te automaticamente da tua energia.
E esse caminho, apesar dos apertos, dos desvios e das confusões, tem uma vantagem que nenhum outro algum dia terá.
Esse caminho vem dar a mim.

Alexandra Solnado , (in comunicações de Jesus)


segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

Coragem e Auto-Estima - Marta Sobral



…Encontrei conforto na explicação de muitos sintomas ou manifestações dessa mudança. Esse conforto será uma ajuda preciosa para enfrentar a caminhada do Novo Homem de que já somos os pioneiros e talvez os mais corajosos: sim, porque como disse ontem, somos Velhas Almas que fomos formatadas para viver os desafios de um velha Era, mas que pelo simples factos de estarmos aqui e agora, é irrefutável que aceitamos o grande desafio de sermos a ponte para uma nova Humanidade, superando as nossas mais intrínsecas limitações, decorrentes de  uma programação milenar na qual sempre vivemos.
E pensando nisso, encontro profunda ligação entre duas palavras que ontem tanto ecoaram na sala: coragem e auto-estima.
Pensemos na CORAGEM que cada um, enquanto espírito do outro lado do véu, demonstrou ao aceitar este desafio de viver no presente, aceitando a Missão de sermos a Ponte para a Nova Humanidade, mesmo sabendo das dificuldades que encontraríamos, por  ainda trazermos tanta bagagem do Velho Homem.
Que a consciência dessa Coragem Inicial seja manifestada na auto-estima que devemos a cada um de nós, ao enfrentarmos os desafios do dia-a-dia desta nova era. Com exigência, responsabilidade, mas também com compaixão por nós próprios, pois a tarefa não é fácil. Sendo certo que é mais facilitada por sabermos que temos o amparo de dias como o de ontem, vividos numa fraternidade de Alma, onde nos dias que correm será provavelmente onde encontraremos os laços de comunhão mais profundos.
Entretanto e a propósito da Consciência da Coragem Inicial, lembrei-me das palavras que ontem não conseguíamos expressar na sua versão integral:

“Deus não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos “

Marta Sobral


terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Reciclar Sentires


Após um fim-de-semana intenso, vem o foco no trabalho pela alegria de o sabermos útil. 
Agradeço ao Céu a chuva de mimos e palavras sentidas.

Recordo três  mensagens pertinentes que passaram no decorrer do passado sábado em diversos formatos:

1ªNão devemos entregar o nosso poder a símbolos, rituais, ou afins. O nosso poder é a herança Divina individualizada cujo motor é a intenção activada na bondade individual reflectida na verídica Fraternidade, e na sinergia da partilha grupal focada no processo evolutivo.

2ª Sejamos conscientes do valor que temos, via auto-estima, para que ele se qualifique de forma positiva, elevando a nossa segurança e capacitação de entendimento dos mundos suprafísicos, e consequentemente a compreensão e coragem para elevarmos o mundo em que vivemos.

3ª Tomamos um pouco mais de consciência da enorme responsabilidade que é termos encarnado neste período crucial da humanidade, o que nos lembra o compromisso de alma assumido com a transform_acção planetária, pela ACÇÃO interventiva na nossa vida comum, com a nobre Coragem da nossa génese e pela reposição dum real humanitarismo.

Quando se faz um bom trabalho a nossa alma rejubila e assim, demos graças à inteligência Suprema que nos orienta, à generosidade que cresce connosco, à intenção altruística. Tudo o que foi feito, (que é feito) apenas se materializa na colaboração de todos (ainda que só pela presença) e que na força energética conjunta se tornam no canal da inspiração, ou seja, co-criamos, entre todos, a obra (seja esta qual for). 

Lembrem! Nenhum eco  deletério fará destoar a sã alegria das caravanas (corações) que passam, em harmonia, em profícua amorosidade.

Muita grata a todos, e…vamos lá arregaçar mangas? J

Maria Adelina


Que serventia teve a nossa vida? Elisabete Pinho





A preocupação maior das pessoas é o acessório.
Fiz recentemente duas visitas guiadas a dois cemitérios da cidade do Porto: Lapa e Prado do Repouso. A quem ainda não fez este tipo de visita aconselho vivamente que o faça porque enriquece-nos culturalmente e obriga-nos a colocar muitas questões a nós próprios.
Os cemitérios, locais de culto da morte, eram e, infelizmente continuam a ser, uma feira de vaidades, locais de passeio e de coscuvilhice.
Um local vocacionado para a perpetuação da memória dos que estão no outro lado da fronteira não deve ser jamais uma montra de vaidades. As memórias e a saudade dos que iniciaram a viagem ficam em nós, no nosso coração, pelo que não necessitam de ser exibidas publicamente.
Não obstante o que acabei de escrever, até acho os cemitérios locais bonitos pela sua amplitude e dimensão e muitos deles até convidam à serenidade e à meditação (principalmente aqueles que têm bancos à sombra de alguma pequena árvore).
O que é que fazemos de útil na vida e para a vida?
A utilidade da vida resume-se a uma lápide no cemitério? Ao dinheiro ganho durante a vida?
Que serventia teve a nossa vida?
Que serviço prestamos aos outros?
O que fizemos nós durante esta vida que não fosse pensar na morte e na estátua que nos perpetuará quando passarmos a fronteira?
Que os cemitérios sejam lugares de interrogação e não apenas de decomposição; que sirvam também para nos lembrarem o significado da palavra "SERVIR" para quando nos transcendermos o façamos com o sentimento de que, pelo menos, servimos para além de usufruirmos.



Elisabete Pinho


sábado, 3 de fevereiro de 2018

Gratidão, tanta...


Extraordinária e gratificante experiência a deste dia, poderosa sinergia, consciente, vibrante, do maravilhoso grupo com quem partilhamos o dia de hoje


Gratidão, tanta

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Era uma vez



Era uma vez 

- Era uma vez um jardim, com muitas plantas de todas as cores e feitios. Mas era um jardim diferente dos que conhecemos.

Dentre essas plantas, havia uma raça delas, que tinha a tarefa de, imaginem, regar as outras. A sua função era a de serem os depósitos da água/alimento de que o resto das plantinhas precisavam. Era a mais humilde das funções, e a mais nobre também.

Pelas funções que lhe cabiam essas plantas tinham hastes compridas, que podiam estender a seu bel-prazer até às nuvens, de onde retiravam o suprimento para encher os seus depósitos.

Reparei então, que no meio do jardim, uma dessas plantas se destacava, era alta, bela, luminosa e os seus ramos, de tanto exercício efectuado devido ao seu trabalho, eram mais compridos que os das outras e que com facilidade adentravam as nuvens, retiravam toda a água que precisavam, e lá voltavam a fazer o seu trabalho no meio das suas irmãs.

No entanto, essa facilidade e dom que tinha, começou a fazer-lhe pensar que todas as habitantes do jardim deveriam fazer o mesmo!
Que fosse cada uma buscar o seu alimento, pois ela tinha mais que fazer…bem podia aproveitar o seu tempo em explorar mais, pois quando os seus ramos iam buscar água ela sentia uma paz, uma alegria, uma felicidade incomparável que provinha do interior das nuvens.

Com o tempo, ia demorando mais tempo em cada viagem para ir recolher a água, e cada vez, se esticava mais e mais para poder ver e sentir o que estava para lá do interior das nuvens. E foi-se convencendo de que o seu lugar era lá, nesse fofo mundo de algodão! Que o seu trabalho no jardim estava aquém das suas capacidades, que assim como ela, as outras tinham que crescer por elas próprias e irem recolher o seu alimento.

Os dias passavam, e as hastes da plantinha esticavam cada vez mais, e o chamado do alto era cada vez mais apelativo.
Nesse entretanto, foi descuidando a sua tarefa de regar as outras habitantes do jardim, e elas começaram a secar.
Um dia, essa planta despertou com uma estranha sensação, as suas belas e compridas hastes estavam ressequidas - não tinha força para as elevar – olhou para o alto, a distância até às nuvens era intransponível pois ela própria estava mirrada.
Foi então, que voltou os seus olhos para o chão, para a terra, e reparou em algo para o qual nunca se tinha dado ao trabalho de ver:
 - Naquele jardim, todas as plantas tinham as suas raízes entrançadas, cada uma com o seu caule e características únicas, mas a raiz matriz era uma só.
- Apercebeu-se que o suprimento de água que diariamente trazia para as suas irmãs, as mantinha vivas, mas também vivificava a raiz comum que era também a dela própria.
- Apercebeu-se também que as outras plantinhas que estavam ligadas a ela, e que ela deixara de alimentar, estavam já a ser supridas amorosamente, por outras que tinham as mesmas funções que ela tivera e que o trabalho e a vida de todas as plantas do jardim tinham funções diferentes, mas todas elas importantes para o bem comum.
- Apercebeu-se por fim que de tanto se esticar para chegar ao mundo das nuvens, as suas raízes cederam, desprenderam-se da raiz comum…por isso, e para isso morria, doando os seus fluidos á terra para de novo renascer, e numa próxima função, entender que tudo e todos tem a sua valia, que tudo é Uno.
As nuvens, lá do alto, olharam-na com compaixão.
Com gotinhas de água cristalina a rodearam e reanimaram, e em coro as suas vozes murmuravam:
 
Tudo é UNO – Na tua essência és o Todo –
O Todo está em Ti
O Absoluto é composto por todas as células de vida
Não Corras Para Ele – Faz o Caminho Com Ele
 
Abraço fraterno a todas as plantas do jardim.

A.

Fevereiro 2010