segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Testemunhos - Marta Sobral (este, mais que um testemunho é um conto de encantar) Obrigada Marta

Olá Adelina

Ontem depois de estar consigo fomos ter com uns amigos do Zé a Lavra, em Matosinhos. Quando lá cheguei os netos desses amigos tinham apanhado um passarito na praia, que não se mexia, mais concretamente, como depois vimos um “borralheiro de coleira interrompida”. Tentamos dar-lhe de comer, mas não surtiu efeito. Bebeu a água. Vi que não me parecia magoado, mas não voava, nem se mexia, e como não sabia o que lhe fazer informei-me e fiquei a saber que o Parque Biológico de Gaia recebe aves no centro de recuperação. Ficou combinado com as crianças que depois do almoço levaríamos o passarito lá, para tratarem dele. Entretanto peguei-o com as minhas mãos, senti-lhe o medo a ser substituído por um crescente conforto, como se depreendia pelo apaziguar dos batimentos do seu pequeno coração. Aninhei-o e envolvi-o entre os chacras das minhas mão e apliquei-lhe Reiki, sentindo de imediato uma comunhão com aquele ser, como se ele se transformasse numa extensão de mim, sentindo o conforto que lhe transmitia. Ficou assim algum  tempo, aninhando-se e ajeitando-se cada vez mais no colo das minhas mãos, à medida que se sentia mais seguro e confortável. Fomos almoçar e ele lá ficou, ainda sem se mexer. Quando estávamos a acabar o almoço o Rodrigo, uma das crianças, veio ter comigo dizendo-me que o passarito já lá não estava. Fui confirmar e de facto tinha levantado asas e voado. Desejei que o seu voo fosse confiante e que o levasse para lugar seguro. Subitamente senti um alívio ao ser-me rememorado o conforto que aquele ser tinha sentido quando o coloquei entre as minhas mãos, invocado a energia do Reiki para que o seu Bem Superior se concretizasse por sua acção, pedindo aos anjos do Reiki que fosse dada uma outra oportunidade àquele ser tão frágil, filho da Natureza de onde tal energia emana. Ao rememorar essa intuição do conforto sentido por aquele ser, apreendida naquele fugaz momento em que, aninhado no colo das minhas mãos,  fomos Um em comunhão de energia, soube que naquele momento a sua sorte tinha sido ditada e que iria ficar bem. E eu senti uma satisfação tão grande que nada que seja palpável ou material pode substituir (quase comparável ao alívio do Zé por não ter sido necessário interromper o convívio para ir levar o pássaro ao parque Biológico) J e que nem o facto de me olharem como a “tolinha pelos animais” foi capaz de me incomodar. Se eles soubessem a satisfação sentida pelo bem feito, desejariam certamente serem tolos por um dia.
Só posso agradecer ao Reiki, a si, aos companheiros de Caminho e de Demandas ser capaz de ter consciência das bênçãos que as minhas mãos podem transmitir e de ter coragem de as usar quando sinto ser necessário, sem receio do que possa parecer aos demais. Obrigada por me ter feito chegar aqui.
Constato agora que  aquele pequeno pássaro proporcionou-me uma bela oração, quando leio as palavras que escreveu a propósito do tema “link: ….. eu não rezo!…Eu falo, converso, rio, choro, ouço, aprendo, com a nossa família estelar, amorosos guardiões daquilo em que depomos a nossa intenção pelos cuidados, reconhecimento, amor, gratidão, respeito!. Seja a uma flor, um pássaro, uma pessoa, ou qualquer forma da criação”.
Que esta partilha seja inspiradora de outras formas simples e sinceras de oração.


Um xi coração
Marta


1 comentário:

Susana disse...

A propósito do Blog Oro contigo e de um e-mail enviado à nossa querida Adelina, dei por mim a deambular assim :
Já orei hoje e outros dias, oro contigo para ajudar quem de mim precisar e para me purificar sempre, e pelos nossos irmãos que diariamente fazem nova caminhada e estão a partir ou já partiram deste mundo, por eles oro, já há muito e agora mais, alguns pedem-me ajuda...nem imaginam o sofrimento e a desorientação que sentem no momento da «descolagem». Tenho a percepção daquilo que sentem, e por isso oro
Oro com muita fé e muito fervor, certa de que uma das minhas missões da minha atual encarnação passa por aí.
Já há muito pediam ajuda, desde os meus 18, 19 anos, mas nem sempre compreendi Cheguei a ter uma visão - muitas mãos a pedir ajuda mergulhados num grande sofrimento. Aos poucos fui perdendo o medo da morte, fui compreendendo o que ela representa e percebi com mais clareza o que podia fazer para me ajudar e ajudar quem de mim precisar.🌻 Susana ()