Ninguém se salva sozinho
A maior preocupação dos humanos é
adquirirem o que precisam para si e para a sua família. De vez em quando,
pensam um pouco nos outros, mas é raro. Por isso, a sorte da humanidade não
melhora: os humanos são egoístas, não pensam na colectividade. Crêem que basta
resolverem as suas próprias questões para viverem em segurança. Ora, isto não é
verdade.
Quer estejam conscientes disso, quer não, os humanos pertencem a uma coleticvidade e, se nessa colectividade ocorrem perturbações ou desastres, o seu bem-estar individual não está garantido. Por conseguinte, mesmo que dediquem todo o tempo a tratar das suas questões, na realidade estas nunca ficarão definitivamente resolvidas. Há sempre uns inconvenientes que podem surgir da parte da colectividade, e lá vem a ruína. Aliás, a História tem mostrado isso mesmo. Têm existido pessoas tão ricas e poderosas que, aparentemente, nada poderia atingi-las, mas ocorreram problemas na coleticvidade e elas acabaram por perder tudo, até a vida. Só a melhoria da vida colectiva pode pôr cada indivíduo em segurança e ao abrigo das necessidades. Por isso, compete a cada um substituir o seu ponto de vista limitado e egocêntrico por um ponto de vista mais vasto, mais universal: ele ganhará com isso, não apenas no plano material, mas também, e sobretudo, no plano da consciência.
A consciência desperta verdadeiramente no homem quando ele manifesta sensibilidade às noções de coleticvidade, de universalidade. Esta faculdade permite-lhe sentir que os outros são um prolongamento de si próprio. Aparentemente, é certo, cada ser está isolado, separado dos outros, mas, na realidade, há uma parte espiritual dele mesmo que entra na colectividade, que vive em todas as criaturas, em todo o cosmos. No momento em que essa consciência espiritual é despertada em cada um, ele sente tudo o que acontece de bom ou de mau aos outros como se fosse a si próprio e esforça-se por só lhes fazer bem, porque é a si que estará fazendo esse bem.
Quer estejam conscientes disso, quer não, os humanos pertencem a uma coleticvidade e, se nessa colectividade ocorrem perturbações ou desastres, o seu bem-estar individual não está garantido. Por conseguinte, mesmo que dediquem todo o tempo a tratar das suas questões, na realidade estas nunca ficarão definitivamente resolvidas. Há sempre uns inconvenientes que podem surgir da parte da colectividade, e lá vem a ruína. Aliás, a História tem mostrado isso mesmo. Têm existido pessoas tão ricas e poderosas que, aparentemente, nada poderia atingi-las, mas ocorreram problemas na coleticvidade e elas acabaram por perder tudo, até a vida. Só a melhoria da vida colectiva pode pôr cada indivíduo em segurança e ao abrigo das necessidades. Por isso, compete a cada um substituir o seu ponto de vista limitado e egocêntrico por um ponto de vista mais vasto, mais universal: ele ganhará com isso, não apenas no plano material, mas também, e sobretudo, no plano da consciência.
A consciência desperta verdadeiramente no homem quando ele manifesta sensibilidade às noções de coleticvidade, de universalidade. Esta faculdade permite-lhe sentir que os outros são um prolongamento de si próprio. Aparentemente, é certo, cada ser está isolado, separado dos outros, mas, na realidade, há uma parte espiritual dele mesmo que entra na colectividade, que vive em todas as criaturas, em todo o cosmos. No momento em que essa consciência espiritual é despertada em cada um, ele sente tudo o que acontece de bom ou de mau aos outros como se fosse a si próprio e esforça-se por só lhes fazer bem, porque é a si que estará fazendo esse bem.
Assim, se frequentais uma Escola
Iniciática para vos ocupardes unicamente da vossa própria evolução espiritual,
isso prova que o vosso ideal ainda não é muito elevado. «Mas nós queremos
salvar a nossa alma» – dirão alguns. Sim, salvar a sua alma é o que as
religiões têm ensinado ao longo de séculos. Pois bem, isso não é muito
glorioso, já não é tempo de estar preocupado em salvar a sua alma. O que
imaginam as pessoas acerca da sua alma? Que valor, que importância tem ela, a
"sua alma", face à multidão de criaturas e à imensidão da criação? É tempo
de as pessoas pararem de se ocupar de si próprias e de pensarem também na alma
dos outros; só então elas serão salvas! Senão, enquanto se ocupam da salvação
da sua alma, isolam-se do resto do mundo. Mais ninguém conta: elas só pensam na
sua alma! Mas isto não tem qualquer sentido e nem sequer é belo. Há que
abandonar esta atitude.
Os espiritualistas devem renunciar a procurar apenas o seu bem ou a sua
salvação pessoal e meter na cabeça o ideal da perfeição, compreendendo que essa
perfeição não deve ser apenas para eles. Aperfeiçoar-se só para si próprio
representa para um ser apenas cinquenta por cento da sua tarefa. A nossa
verdadeira tarefa é aperfeiçoarmo-nos para nós mesmos e para os outros, a fim
de sermos úteis ao mundo inteiro.
Mestre Mikhaël Omraam Aïvanhov
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