Maio inicia florido, numa antecipação do apogeu, do
desabrochar das mais tímidas flores e o amadurecimento dos frutos veranegos
Mês duma luz única só comparável aos salões celestes nas
noites de vigília, clarifica o que toca, dissolve as sombras das labutas da
alma ...tanta magia..
E o céu, o céu de Maio é colcha estendida, passado
presente futuro, todos os risos todos os nomes todos os sentimentos, de todos
os tempos, nela estão desenhados, presentes, aqui e agora...tudo é hoje...
No campo de trigo as hastes emergem na busca de
bálsamo para as raízes que definham, sequiosas de luz, contorcidas
de dor dos reinos de Hades, de que tentam
libertar-se
Maio generoso, preenche com a tua Luz, eternamente, as brechas
das mentes que a seca calcinou. No efémero trajecto deste mundo, que possam ver
pelo sentir, a brisa da autenticidade, do amor compassivo, dos acordes da
vibração espiritual.
Maria Adelina
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