Sabe
desde que recebi o 3º nível a mudança que se tem operado é muito subtil. Surgiu
um sentimento inesperado de harmonia, mais confiança e acima de tudo uma
vontade grande de exteriorizar o que vem de dentro. A necessidade de ajudar, de
partilhar, como se houvesse cá dentro uma energia desconhecida que “tem de
saltar para fora”, que não pode ficar contida. Mas tudo com muita harmonia, com
uma súbita “sabedoria” exteriorizada na calma com que a urgência dessa
necessidade de partilha se manifesta.
Isto
a par de uma necessidade muito grande de verdade e de sintonia da minha acção
com os sentires dessa nova energia.
Faz
hoje uma semana que caí e torci um pé estando em casa de repouso por ordem
médica. Num passado que já me parece muito longínquo veria esse acontecimento
como mais uma partida do mundo que estava contra mim. Hoje, pelo contrário,
encarei esse facto com serenidade e tentei ver o que é que o universo queria
que tirasse dele. Tenho aproveitado para trabalhar em casa, para satisfazer a
minha necessidade de interiorização, para ler mais sobre a nova etapa do reiki
e estando atenta aos sinais para ver onde esse acontecimento pode estar a ter
influencia e o que preciso tomar consciência.
Ontem
vivi uma experiência muito gratificante. Ainda não tivemos “aquele papo” para
poder falar-lhe sobre o que se tem passado com a minha mãe. Recorda-se que eu
tantas vezes dizia que não conseguia falar com ela, que tínhamos pontos de
vista conflituantes sobre tudo, que todas as conversas com ela eram por vezes
tensas porque só falava em desgraças, etc, etc.
Acontece
que a “força do exemplo” de que tanto fala tem operado um verdadeiro
milagre. A minha transformação foi fundamental e estando mais harmoniosa,
vibrando a um nível mais elevado aprendi a manifestar a compaixão sincera e a
aceitar a minha mãe sem julgamentos. No momento em que a minha vibração mudou
ela também mudou. Está mais calma, “está diferente” percebe? Já faz
acupunctura, já lhe consigo transmitir melhor a minha opinião sobre as coisas,
sem ser aos berros (mesmo que lhe falasse com voz normal). A energia da nossa
casa faz com que arranje sempre desculpas para vir cá jantar e sinto-a a ser
contagiada pela energia que aqui cultivamos e que se manifesta na beleza das
orquídeas e das plantas que tanto elogia ou na calmaria e ternura das patudas.
E a mistura de tudo isso tem operado uma mudança visível nela e na nossa
relação. E no sábado queixou-se que lhe doía muito as costas e perguntou-me se
tinha um Nimed. Disse que sim, mas que não o tomasse antes de comer. Entretanto
apliquei-lhe na hora reiki na zona onde se queixava. No dia seguinte
perguntei-lhe se estava melhor e se tinha tomado o Nimed. Disse que estava
melhor e até não tinha precisado do Nimed, porque ficou melhor “com aquilo que
eu lhe fiz”. Perguntou-me se eu tinha aplicado reiki, o que confirmei e perguntei-lhe
se queria fazer uma sessão. Disse que sim e eu e o Zé aplicamos o reiki ao
fim do dia em nossa casa. Foi um momento mágico, uma dádiva tão grande ver a minha
mãe a abrir-se a esta nova forma de estar e a partilha feita foi como um
apaziguar de muitas vidas entre nós. E Adelina, a minha mãe deixar de tomar um
Nimed, só por si é um verdadeiro milagre! E admitir que ficou muito bem,
dizendo que nós tínhamos um dom nas mãos, era algo impensável há muito
pouco tempo.
Tudo
mudou quando eu mudei, quando o meu coração se começou a esvaziar de mágoas,
ressentimentos e a parar de julgar. A minha energia mudou e contagia
tudo, não só as plantas de que tanto me orgulho.
Ter
consciência disso tem sido uma das principais mudanças que o 3º nível me
trouxe. O sentimento de gratidão quando sentimos o bem que partilhamos é tanto,
que tudo vale a pena. E a responsabilidade da consciência da nossa importância
na mudança que se pode operar nos nossos pequenos Universos vem a seguir. Por
isso ás vezes confesso que me faz confusão ver que não surge de forma
espontânea a quem pratica reiki a necessidade de eliminar velhos padrões e
hábitos que não se adequam à nova energia com que se dizem comprometidos.
Mas
dar reiki à minha mãe ontem foi fonte de uma sincera gratidão por esse momento
e pela mudança que se está a operar em ambas, porque eu também tive de mudar
para que a mudança nela se operasse. E sabe uma coisa? Hoje quando estava na
consulta por causa do meu pé, recebi um telefonema inesperado: era a
resposta a um anúncio a que tinha respondido há já uns meses e que julgava já
não receber resposta, a marcar uma reunião para sexta-feira, para discutirmos
uma possível colaboração profissional.
Nada
mais simples do que a lei do retorno: quando damos sem nada esperar em troca,
recebemos aquilo que julgávamos perdido.
Um Xi do sítio do costume
Marta Sobral
4 de Julho 2016
Sem comentários:
Enviar um comentário